Como funciona a imigração no aeroporto? Dicas para não ser barrado

Como funciona a imigração no aeroporto? Dicas para não ser barrado

Por Aline Bernardes・Atualizado em 4 de janeiro de 2022

Depois de comprar passagens aéreas para um destino internacional e de organizar todos os detalhes sobre roteiro, hospedagem e câmbio, começa a surgir uma preocupação específica: a imigriação no aeroporto.

Esse procedimento de segurança, obrigatório na entrada e na saída de todos os países, gera muitas dúvidas e costuma ser motivo de ansiedade pré-viagem. Não precisa ser assim – com informação completa tudo fica mais fácil.

Entenda o que é o procedimento de imigração no aeroporto e confira as dicas do que fazer para evitar ser barrado. Depois disso é só garantir o carimbo no passaporte e aproveitar!

O que é a imigração no aeroporto?

A imigração é o procedimento de segurança que tem como intuito fiscalizar os passageiros na entrada e na saída de territórios internacionais. Nos aeroportos, agentes oficiais fiscalizam a documentação obrigatória e, quando acreditam ser necessário, exigem dos passageiros explicações mais detalhadas sobre a viagem.

A imigração no aeroporto é de fato um momento decisivo, mas é também um protocolo simples e repetido centenas de vezes por dia pelos agentes. Se você estiver viajando de férias, a trabalho ou a estudo e tiver a documentação correta que comprove isso, dificilmente terá problemas.

Quais são os documentos obrigatórios na imigração?

Ao desembarcar de um voo internacional e passar pelo controle de imigração, os documentos obrigatórios para apresentação são o passaporte e o visto (quando necessário). Talvez ainda seja preciso dizer qual o motivo da viagem (lazer, trabalho, familiar), se viaja sozinho ou acompanhado e quanto tempo pretende ficar.

Pode ser que você tenha que comprovar tudo o que tiver afirmado. Nesse caso, terá que mostrar cópias das passagens de ida e volta, das reservas de hospedagem e de possíveis ingressos de atrações ou eventos. Em algumas situações talvez ainda precise provar ter renda suficiente para bancar os custos ao longo de toda a viagem.

Dicas para passar na imigração no aeroporto

Estar bem informado pode ajudar a evitar transtornos desnecessários e a aliviar a sensação de ansiedade. Isso é válido para muitas situações de vida – inclusive para viagens e para esse momento específico de evitar ser barrado pela imigração no aeroporto.

Prestando atenção nessas dicas citadas abaixo, fica mais fácil tomar decisões de roteiro e incluir certas despesas entre os gastos.

1. Saiba que as regras variam de país para país

A documentação costuma ser basicamente a mesma, mas os critérios podem variar de país para país. Exemplo? Validade do passaporte. Para ter a entrada permitida em alguns países, é fundamental que o documento seja válido por pelo menos seis meses após esse momento de controle de imigração.

O tempo de permanência em cada lugar também pode variar. Na maioria dos países da Europa, é possível ficar por até 90 dias como turista, enquanto no Reino Unido, especificamente, esse prazo é de 180 dias. Fique atento e tome decisões de roteiro com base nesse tipo de informação.

O certificado de vacinação para doenças específicas, como febre amarela, costuma ser parte da documentação obrigatória para entrada em alguns países. Nesse momento, em virtude do coronavírus, surgiram outras exigências sanitárias: testes PCR emitido 72h antes, comprovante de vacinação, declarações específicas e seguro viagem.

2. Tenha toda a documentação necessária em mãos

É sempre melhor pecar pelo excesso que pela falta na hora de garantir a entrada em um país. Providencie cópias impressas de toda a documentação que os agentes possam vir a solicitar.

Separe uma pastinha com comprovante das reservas do hotel ou do Airbnb e dos voos (sempre ida e volta, ok?). Se a estadia for em casa de amigos ou familiares, pode ser importante providenciar uma carta de convite dos anfitriões. Claro que, para isso, eles precisam residir legalmente no país.

O seguro viagem é obrigatório em muitos países, portanto, inclua-o entre as despesas da viagem e entre a documentação. Além da comprovação de renda (dinheiro em espécie e limite de cartão de crédito inédito), também pode ser necessário comprovar seu vínculo de trabalho no Brasil. Tudo para garantir que você tem motivo para voltar e não pretende se tornar um imigrante ilegal.

3. Mantenha a calma e comporte-se da maneira esperada

É natural que, caso seja chamado para prestar mais esclarecimentos aos agentes, você fique nervoso. No entanto, é preciso ter em mente que esse é um protocolo padrão e que demonstrar segurança e passar confiança é fundamental. Quem está viajando conforme as regras não tem motivo para nervosismo, certo?

É claro que não falar o idioma do país pode dificultar um pouco o diálogo. Mesmo assim, mantenha a calma, o tom de voz baixo e a cordialidade com os agentes. Seja sincero, explique o motivo da sua viagem e responda as perguntas de maneira objetiva.

Imigração nos aeroportos da Europa

Os países da Europa que pertencem ao Espaço de Schengen adotam regras semelhantes para permitir a entrada de turistas estrangeiros em seus territórios. Esse acordo é o que permite que você transite entre boa parte dos países do continente sem precisar passar por novo controle imigratório.

No Espaço de Schengen, o aeroporto de Barajas, em Madri, é o que tem a fama de ter os agentes mais rigorosos. Quem chega pelo Reino Unido, país que está fora desse acordo, também pode enfrentar complicações; o aeroporto de Heathrow, em Londres, é outro que causa temor entre os brasileiros.

Tenha em mente que para viajar para a Europa é obrigatório ter seguro viagem com cobertura de pelo menos €30.000.

Imigração nos aeroportos dos Estados Unidos

As histórias sobre visto negado para viagens aos Estados Unidos nos fazem temer a chegada no país, mas não precisa ser assim. O controle de imigração é feito sempre no primeiro aeroporto que você desembarca no país, mesmo que esse não seja o seu destino final.

Você vai precisar mostrar ao agente seu passaporte, visto e formulário da alfândega e responder algumas perguntas. Motivo da viagem, destino final, tempo de permanência, local de hospedagem e quantia em dinheiro são os temas-chave dessa pequena entrevista feita pelos agentes.

O que chama atenção é a chance de demora. São muitos voos internacionais chegando a todo momento, formando enormes filas de passageiros que aguardam a imigração. Para quem não fala inglês, um ponto positivo a se saber é que no controle migratório dos Estados Unidos normalmente há quem fale português, ou pelo menos, espanhol.

Todas as viagens internacionais exigem passaporte e visto?

Destinos bastante requisitados entre brasileiros, como Estados Unidos, exigem passaporte e visto. Esse é o caso de outros países bastante desejados, como Austrália, Canadá e Japão. No entanto, essa não é a documentação obrigatória de toda viagem internacional.

Brasileiros que viajam a turismo para a Europa, por exemplo, precisam apenas do passaporte. Já para quase todos os países da América do Sul, podemos viajar apenas com o RG (não vale carteira de motorista!). Essa é a regra válida para: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Embora não seja exigido passaporte ou visto, isso não quer dizer que não haverá o controle de imigração. Ao chegar no aeroporto de Buenos Aires ou de Lima, por exemplo, brasileiros também passarão por essa inspeção. A diferença é que o trâmite nesses países vizinhos costuma ter menos chance de transtorno.

Quais são os meus direitos se eu for barrado na imigração?

Se a sua entrada no país não for permitida, é preciso estar ciente de alguns direitos básicos. O primeiro deles é saber que você pode contar com o apoio do Consulado do Brasil. Não poderão intervir a ponto de permitir sua entrada, mas poderão prestar apoio, solucionar as dúvidas e contatar a família.

Enquanto estiver aguardando a decisão da imigração, o passageiro deve receber assistência material básica (acesso ao banheiro, meios de comunicação e alimentação). O tempo máximo que o passageiro pode ficar detido é 48h. Sendo liberado ou deportado, os documentos do passageiro devem ser devolvidos.

Voos atrasados acontecem, mas isso não significa que você tenha que aceitá-los. Você pode ter direito a até R$ 5.000 em indenização por voos atrasados, cancelados ou com overbooking nos últimos 5 anos.

85% dos passageiros não conhecem os próprios direitos. Não seja um deles.

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A AirHelp é membro da Associação dos Defensores dos Direitos dos Passageiros (Association of Passenger Rights Advocates - APRA), cuja missão é promover e proteger os direitos dos passageiros.

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