Quando uma mulher grávida pode viajar de avião? Saiba tudo aqui!
Viajar de avião ou não durante a gravidez? Esse assunto continua sendo um tópico que gera muitas dúvidas para as mulheres, mas é preciso entender quais são as recomendações nesses casos e como proceder da melhor forma.
É mais que normal: toda mulher, durante o período gestacional, passa a tomar mais cuidado e ficar atenta às situações que possam colocar tanto ela quanto o seu bebê em risco. Mas, quando estamos falando de uma simples viagem de avião, isso é ou não uma situação de perigo para a gestante? Gravida pode viajar de avião no primeiro trimestre?
Viagens de avião já se tornaram comuns e até rotineiras para muitos brasileiros, desde viagens a trabalho até conhecer novos lugares, e, justamente por isso, as questões envolvendo mulheres gestantes permanecem.
Diversas perguntas surgem na cabeça das futuras mamães nesses momentos em que ela deseja estar totalmente segura de suas escolhas e, por isso, preparamos um material completo, tirando todas as suas dúvidas sobre o assunto. Confira abaixo!
Sim! Dado os devidos cuidados e ressalvas, mulher grávida pode andar de avião sem nenhum problema.
No entanto, assim como em todas as questões envolvendo saúde, é importantíssimo que a mulher esteja em contato com o seu médico, que é o profissional que pode garantir se ela está apta a viajar sem riscos ou não.
Mulheres grávidas podem viajar de avião até quantas semanas?
Antes de tudo, para garantir uma boa gestação, tanto para a gestante quanto para o bebê, é preciso que exista um acompanhamento médico atento. Isso garante que a gestante tenha mais tranquilidade na hora de viajar de avião, pois saberá exatamente que tudo está correndo conforme o programado e que a viagem não acarretará nenhum risco.
Somente um médico pode dizer se é seguro ou não realizar esse tipo de viagem, no entanto, existe um consenso de situações que podem representar risco. Confira:
Situações de risco para gestantes em viagens de avião
Em casos em que a mulher possui problemas de saúde que podem gerar complicações na gravidez, a viagem pode ser contraindicada. Problemas de saúde como diabetes, pressão alta, anemia falciforme, sangramento vaginal, entre outros, podem ser fatores que geram complicações mais sérias.
Apesar de apresentar riscos mínimos, alguns médicos preferem que a gestante aguarde um pouco para que possa fazer viagens de avião.
Especialistas alegam que durante os 3 primeiros meses de gestação o feto ainda está na fase de formação, além do fato de que as mulheres costumam sentir mais enjoos durante o primeiro trimestre, o que tornaria uma viagem simples muito mais desagradável do que o normal, portanto, é indicado que uma pessoa grávida não pode viajar de avião nos 3 primeiros meses.
Mulheres que já tiveram parto prematuro possuem mais chances de passar por isso novamente. Sendo assim, diferente do primeiro trimestre da gestação, em que o feto ainda está em formação, a partir da 32ª semana ele está formado, correndo o risco de vir a nascer antes da data prevista.
O que pode causar o parto prematuro nada mais é do que a pressurização dentro da cabine, que aumenta esse risco e por isso é aconselhado que seja evitado. O ideal, no entanto, é consultar um médico, pois o risco de parto prematuro existe mesmo para quem não possui histórico.
Normalmente é aconselhado que mulheres grávidas viajem antes desse período, pois considerando que uma gestação normal dura 40 semanas, o risco de um parto durante o voo aumenta.
A partir da 36ª semana de gestação, o feto já está formado e pode nascer a qualquer momento, o que torna a viagem mais rápida algo muito perigoso para o bebê e para a gestante.
Viagens de avião são conhecidas pelo longo período em que passamos sentados, sem muita locomoção. Por essa razão, é aconselhável que mulheres que possuem problemas circulatórios evitem esse tipo de viagem.
O período extenso em que passam sentadas pode acarretar problemas circulatórios e aumentam consideravelmente o risco de formação de coágulos sanguíneos.
Viagens para lugares onde infecções são mais comuns devem ser evitadas. Doenças como Zika e malária podem ser perigosas tanto para a gestante quanto para o bebê que está sendo gerado.
Quando a mulher grávida pode viajar de avião sem riscos?
Passando o período inicial da formação do feto, ou seja, o primeiro trimestre, a gestante já consegue viajar de avião sem grandes riscos. É preciso, no entanto, que ela esteja sempre em contato com o seu obstetra ou médico que a acompanha, para garantir que não haja nenhuma complicação durante o percurso.
Após esse período, a janela de tempo em que a grávida pode viajar sem grandes riscos segue até a 27ª semana. Após isso, algumas companhias aéreas podem pedir um atestado médico ou autorização médica, para evitar complicações durante o percurso.
Quais são as políticas das companhias aéreas sobre a viagem de mulheres grávidas?
As orientações, recomendações e políticas acerca das viagens de mulheres grávidas é diferente para cada companhia aérea, portanto, é preciso se atentar a isso para garantir que não haja nenhum problema na hora de embarcar.
É importante deixar claro que todas essas orientações abaixo dizem respeito a uma gestação sem riscos ou sem perigo de parto prematuro. Em todo caso, é importante que a gestante converse com seu médico para garantir que tudo está bem e que ela consegue fazer essa viagem sem trazer riscos para ela ou para o bebê.
Confira agora as políticas das principais companhias aéreas brasileiras:
A LATAM permite que mulheres grávidas voem sem nenhuma autorização médica até a 27ª semana de gestação. A coisa só muda de figura a partir da 28ª semana, que é quando é necessário apresentar uma declaração médica que ateste a aptidão para realizar a viagem.
Essa declaração médica precisa ser entregue no balcão da empresa ao realizar o check-in do voo.
A partir da 36ª semana, os voos que uma gestante pode realizar se tornam mais limitados: somente voos nacionais e destinos da América do Sul. Qualquer outro destino internacional é inviável pela LATAM.
Vale dizer que, caso o ponto de partida ou destino da sua viagem seja o Peru, devido a políticas locais, as viagens não podem acontecer a partir da 36ª semana.
Além disso, entre a 36ª e 38ª semana de gestação, a declaração médica precisa ser enviada para a empresa com até 48h de antecedência, através deste formulário.
Nessa autorização médica é preciso que constem algumas informações imprescindíveis, que são as seguintes:
● parecer médico;
● tempo da gestação até então, em semanas;
● previsão do nascimento do bebê;
● qual o trajeto da viagem, contendo origem e destino;
● autorização para que a gestante voe;
● tempo máximo que a gestante poderá estar em voo;
● data e horário do embarque e desembarque.
Esse atestado médico precisa ser emitido em até 10 dias que antecedem a viagem da gestante.
Nos casos em que a gravidez é múltipla, as orientações mudam um pouco.
A viagem é liberada sem a necessidade de apresentação de documentos adicionais até a 28ª semana de gestação, assim como no caso de gravidez simples. Entre as 31ª e 32ª semanas, o atestado médico passa a ser exigido e, a partir da 32ª semana, é preciso também do formulário MEDIF preenchido e assinado pelo médico e pela grávida.
As políticas da Gol se assemelham bastante às da LATAM, o que torna um pouco mais fácil de entender como elas funcionam.
Assim como na LATAM, as viagens até a 27ª semana de gestação são autorizadas sem maiores complicações, ou seja, sem a necessidade de autorização médica expressa, possibilitando que a gestante possa realizar a viagem.
As coisas mudam a partir da 28ª semana de gestação: a partir daqui, para que a grávida consiga realizar o embarque sem problemas, é necessária a apresentação de autorização médica com validade de 30 dias.
Já durante a 36ª e 37ª semana de gestação, faz-se necessário a apresentação de um termo de responsabilidade, além da autorização médica. Ambos os documentos possuem validade de 30 dias.
Na 38ª semana, o embarque só é possível se a gestante estiver acompanhada do médico responsável, além da documentação exigida desde a 28ª semana: autorização médica escrita e termo de responsabilidade.
Em caso de gravidez múltipla, o cenário muda um pouco.
Até a 25ª semana de gestação, a viagem é liberada sem necessidade de documentos adicionais. Entre as 26ª e 31ª semanas de gestação, o atestado médico se torna obrigatório. A partir da 32ª semana, a declaração de responsabilidade soma-se ao atestado médico.
Já na 38ª semana, além dos documentos citados antes, é preciso o acompanhamento do médico e atestar que essa situação é excepcional para que a empresa libere a viagem.
Diferente das outras companhias aéreas, o limite máximo para que uma gestante viaje sem precisar de nenhuma autorização médica ou termos de responsabilidade é de 28 semanas, desde que esteja em bom estado de saúde.
A partir da 29ª semana de gestação, a Azul começa a exigir a autorização médica escrita para que a grávida consiga embarcar no avião sem problemas. Essa autorização ou atestado médico possui a validade de 7 dias. (caso você esteja se questionando: 29 semanas são quantos meses? Saiba que são aproximadamente 6).
Quando a grávida entra na 36ª semana de gestação, além da apresentação do atestado médico, faz-se necessário uma Declaração de Responsabilidade. O modelo desse documento é disponibilizado pela própria empresa, clique aqui para ter acesso. A validade do documento é de 30 dias.
A partir da 38ª semana de gestação, o embarque de mulheres grávidas já é impedido, exceto em casos excepcionais, em que a própria empresa dá a autorização e com o acompanhamento do médico obstetra a bordo.
As políticas mudam apenas em casos onde a gravidez é de mais de um bebê.
Nesses casos, a apresentação de uma autorização médica escrita ou atestado médico vale entre a 29ª e a 31ª semana de gestação. A partir da 32ª semana, soma-se a apresentação da Declaração de Responsabilidade.
Lembrando que o prazo de validade para ambos os documentos permanece o mesmo: 7 dias para o atestado médico e 30 dias para a Declaração de Responsabilidade.
Assim como a Gol e a LATAM, a Avianca permite o embarque de mulheres grávidas sem a necessidade de apresentação de nenhuma documentação adicional até a 27ª semana de gestação.
Contudo, no ato do check-in, é preciso realizar o preenchimento de um termo de responsabilidade feito pela própria companhia, no balcão da empresa no aeroporto.
A partir da 28ª semana de gestação, além do termo de responsabilidade, é preciso que a gestante apresenta também um atestado médico, autorizando que ela faça a viagem sem problemas. O atestado tem validade de 7 dias antecedendo a viagem.
Assim como na LATAM, existem algumas informações que são imprescindíveis que existam no atestado. São elas:
● previsão da data do parto;
● tempo de gestação em semanas;
● declaração do médico com autorização expressa para a gestante viajar;
● local de embarque e local de desembarque.
Após a 35ª semana de gestação, a política da Avianca se torna mais rigorosa do que as outras companhias aéreas.
Além do atestado médico e do termo de responsabilidade, a grávida precisa portar o MEDIF, que é semelhante a uma autorização médica que segue um modelo feito pela própria empresa.
MEDIF é uma sigla para Medical Information Form, que atesta que o passageiro está com condições de saúde para realizar a viagem sem riscos para sua própria saúde.
Ele precisa ser enviado para a companhia aérea com até 72h de antecedência ao voo, através do e-mail da empresa. Esse documento precisa estar digitalizado, contendo a assinatura da gestante e do médico responsável pelo acompanhamento da grávida até então.
É importante deixar claro que nesse momento da gestação, a partir da 36ª semana, a empresa resguarda o direito de aprovar ou não o embarque da gestante, fazendo a análise da solicitação enviada por e-mail e dando um retorno para a passageira, seja favorável ou não.
A partir da 38ª semana de gestação, só é possível que a grávida realize viagens de avião com a Avianca se estiver portando todos os documentos citados acima (atestado médico, termo de responsabilidade e MEDIF), além de estar acompanhada do médico responsável.
Quando chegamos à 40ª semana de gestação, o embarque de mulheres grávidas fica proibido pela empresa, considerando os riscos envolvidos na viagem, tanto para a mulher quanto para a criança.
Dicas para tornar a viagem de avião mais agradável para gestantes
Mulheres grávidas podem e devem fazer viagens, desde que não corra nenhum risco, mas é preciso atenção ao que fazer para trazer mais tranquilidade para uma viagem, especialmente aquelas que sejam longas.
Confira abaixo as dicas que preparamos para você:
1. Beber água constantemente, mantendo a hidratação;
2. Procurar sentar-se em poltronas do corredor e próximas ao banheiro, para facilitar o acesso em casos de necessidade;
3. Usar meias de compressão em viagens longas, que passem de 2h de traslado;
4. Para evitar enjoos e desconfortos durante a viagem, faça refeições leves antes e durante o percurso;
5. Caminhar ao longo do avião durante a viagem ajuda a garantir uma boa circulação de sangue nas pernas e pés;
6. Procurar ter uma boa noite de descanso e repouso antes de fazer a viagem para garantir uma experiência mais positiva;
7. Usar roupas leves e confortáveis, para garantir uma movimentação mais fácil para a gestante.
A AirHelp foi mencionada: